segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Voltando a me escrever

Quando eu me formei jornalista, havia poucas maneiras de publicar idéias. A internet era algo remoto, de que poucas pessoas já tinham ouvido falar. Trabalhar num jornal ou revista e escrever um livro eram basicamente os modos mais comuns de ser lido. Não nego que esses fatores que me levaram a escolher a profissão.
Leitora desde menina, fã de Carlos Heitor Cony e de outros jornalistas-escritores, deduzi que esse era o caminho para seguir os mestres. Nunca me arrenpendi dessa escolha, nem mesmo quando tive que reescrever várias vezes um texto, recusado por um editor exigente, ou quando mais tarde, já no papel de editora (exigente?) tive que entrar pelas noites de fechamento, engolida por "pescoções" cansativos. Nunca me arrependi, nem quando meus amigos engenheiros e médicos compraram casas de praia ou campo, carros do ano, e eu ainda penava para pagar as contas do mês. Amo escrever.
Nem sempre o que escrevo vale a pena ser lido, talvez muita gente ache chato ou comum, mas o que escrevo, sempre vale a pena ser escrito. Porque me esvazia de angústias, me desafoga de mágoas, me desentoxica de idéias. E às vezes, aos que lêem, distrai, diverte ou faz pensar. Só às vezes. Mas já vale a pena.
Hoje, com os blogs à mão, qualquer um pode ser escritor. Desde que saiba escrever e tenha idéias e um computador ligado na wide.world.web. Aqui estou eu, que ando fora das redações faz um tempo, resgatando o melhor de mim. Quero compartilha-lo, sempre, com vocês.

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